Com raríssimas exceções (como no caso Alexandre, o Grande) todo líder tem seu Q de maluquice e, dependendo do caso, é até admissível e aceitável.Mas em pleno século XXI, o presidente da Venezuela Hugo Chávez ultrapassa todos os limites da bizarrice.Diferente de sanguinários doentes como Mussolini, Hitler, Franco, Mao e Lênin, Chávez tem uma necessidade insaciável de manter as decisões, as mentes e os gostos dos venezuelanos sobre seu máximo poder de escolha.
Lá você é favor ou favor. Aquela história dos anos 60 no Brasil e o nacionalismo exarcebado de "ame ou deixe-o";como também foi em Cuba há alguns anos, na Venezuela de hoje é "aceite ou morra lutando". Lutando excilado e acompanhando e sofrendo de fora já que dentro do país é perseguição e represalia na certa.
Admirado por vários ao redor do mundo por ser um dos mais ferrenhos opositores de George Bush (e sofrer muito pouca retaliação concreta por seus atos e principalmente palavras duras em discursos inflados), o que parecia sensatez beira a loucura. Numa coletânea de matérias feitas pelo G1 nesses últimos dias de março e baseado nesses dados, destaco alguns dos "melhores momentos" dessa conturbada administração.
Não satisfeito em fechar uma rede estatal de TV ano passado e promover um plescibito (forçado) para que tenha plenos e infinitos poderes sobre as leis e eleições no seu país, ele tem a cada semana conseguido atos dignos de absurdo: no dia 09 , Chávez deu prazo de duas semanas para a Coca Cola desocupar um terreno onde se planeja construir casas populares. Não sem usar de ameaça ou dizer que o prazo de 15 dias é para que a empresa "desocupe de maneira voluntária".
A multinacional Coca Cola Femsa, de capital majoritário mexicano, utiliza um armazém localizado no bairro popular de Gramoven para estacionar caminhões distribuidores da bebida. A companhia é a maior empresa do ramo na Venezuela, emprega cerca de 8 mil funcionários e paga US$ 140 milhões em impostos por ano, segundo números da empresa divulgados pela agência de notícias EFE.
O presidente venezuelano disse que as leis que regulamentam a distribuição de terras no país autorizam a intervenção em terras ociosas ou maltratadas pelo detentor da propriedade do local, e que poderiam ser aproveitadas para a produção de alimentos. E, na semana passada Chávez retomou o programa de intervenções em indústrias e terrenos particulares, para transformá-los em "propriedade social", como parte de sua "revolução agrária" e seu plano de soberania e segurança alimentar.
Na sexta-feira (dia 13) o governo venezuelano expropriou uma plantação de eucaliptos de 1,5 mil hectares, propriedade da Smurfit Kappa Cartón da Venezuela, filial da empresa irlandesa Smurfit Kappa Group.
E outras empresas estão na mira do governo. A próxima vítima pode ser a processadora de arroz da companhia americana Cargill.
No último dia 12 o Congresso aumentou o poder de Chavez aprovando uma lei que permite que ele possa decretar a intervenção de bens e serviços. Segundo reportagem do G1, a reforma estabelece em seu artigo 9 que o presidente "poderá decretar a intervenção de bens e prestação de serviços de rodovias, portos e aeroportos na suposta deficiência na prestação de serviços por parte dos Estados", disse o comunicado da Assembleia Nacional.
E hoje (16/03), ele já colocou em prática a lei ao fazer o Exército ocupar portos e aeroportos controlados pelos governos de oposição. E ameaçou: " quem tentar impedir a medida vai ser preso".
O maior dos absurdos ele cometeu no último sábado, dia 14.
Reprodução da matéria do G1 na íntegra:
Chávez proíbe exposição que mostra 'corpos verdadeiros plastificados'
“Estamos na presença de algo macabro”, diz presidente da Venezuela.
Organização afirma que evento ajuda a conhecer o corpo humano.
O presidente venezuelano Hugo Chávez viu sinais de imoralidade em uma exposição de corpos humanos plastificados, a mesma que fez muito sucesso no Brasil, e proibiu o evento no país. Mais de três milhões de pessoas já visitaram a mostra em todo o mundo. A exposição percorreu EUA, México, países da Europa, Ásia e América do Sul, inclusive o Brasil.
A técnica criada nos anos 70 pelo alemão Gunther von Hagens, e aperfeiçoada pelo americano Roy Glover, permite dissecar e plastificar uma infinidade de pequenas partes do corpo humano. Ao sobrepor milhares de tecidos, incluindo ossos, músculos, nervos, vasos e vísceras, a impressão é de observar um corpo vivo, pelo lado de dentro.
A exibição pública de corpos e órgãos verdadeiros, preservados através de um processo de polimerização, já causou polêmicas em vários países, sobretudo com líderes católicos e judeus. Agora foi a vez do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que proibiu a exposição no país. “Estamos na presença de algo macabro”, diz Chávez. “São restos humanos diante de nossos narizes. O que é isso? É um sinal evidente da imensa decomposição moral que sacode este planeta”.
Decomposição moral é o que esse maníaco promove no poder.
Talvez ele esteja boicotando o vídeo da entrevista também. Mas se conseguir ver, o link é:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1042639-5602,00-CHAVEZ+PROIBE+EXPOSICAO+QUE+MOSTRA+CORPOS+VERDADEIROS+PLASTIFICADOS.html
Lá também o texto completo e todos os links das matérias anteriores.
Vídeo promo da exposição "Corpo humano" em: http://www.youtube.com/watch?v=A3mYgbUaxJw)
É..depois brasileiro que é mole e o Lula é que sem noção...
Crédito foto: Lula Marques / Folha
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